Seu bebê nasceu e você teve meses de exclusiva dedicação a ele. Amamentou, curtiu, brincou, mas a licença-maternidade chega ao fim e você precisa retomar sua carreira. Voltar a trabalhar é um momento delicado para a maioria das mães, mas não é um bicho de sete cabeças. Montamos este guia, seguindo as orientações de especialistas, para que você fique tranquila, segura, feliz e, o mais importante, sem culpa.
Por Manuela Macagnan
Com quem deixá-lo?1. Se os pais optaram por deixar a criança no berçário, no que é importante prestar atenção?
Ely Harasawa, psicóloga da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, de São Paulo, explica que há uma série de condições que devem ser verificadas. "Em relação às instalações, é importante checar se o espaço é seguro e se não existem armadilhas que podem machucar a criança, como escadas e desníveis. Além disso, o lugar precisa ser arejado e limpo.
Mesmo para os mais pequeninos, a estimulação é fundamental para o desenvolvimento. Para isso, escolha um estabelecimento que proporcione brincadeiras que mexam com os sentidos, utilizando brinquedos, música, decoração e contato humano. Também é muito importante saber se o berçário oferece uma quantidade de profissionais suficiente para atender às crianças. No caso de bebês, a proporção ideal é de um adulto para cada três bebês de até 6 meses de idade. Na medida em que eles vão crescendo, um adulto consegue tomar conta de um número maior de crianças. Por fim, a mãe deve se sentir bem e confiante em relação ao estabelecimento. De nada adianta que ele atenda a todos os requisitos se o ambiente não inspira confiança porque esse desconforto da mãe acabará sendo transmitido ao bebê. Fernanda Albuquerque e Silva, assessora de imprensa e mãe da Giulia, 1 ano e meio, conta que optou por um berçário perto do trabalho, mesmo sendo longe de casa: "Preferi uma escola que estivesse perto do meu serviço. Caso aconteça alguma coisa, é mais rápido chegar lá. Escolhi um lugar que atende a poucos bebês, mas vai poder atendê-la até o Ensino Fundamental, com 5 ou 6 anos. “Gosto que seja assim para não precisar mudar de escolinha a toda hora”, conta.
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2. Como preparar a criança para a despedida?
Adapte a criança aos poucos, explique que vai sair, mas volta. Deixe claro que você precisa trabalhar e que retornará mais tarde. "É importante que a criança tenha na cabeça que a mãe vai e volta, que é normal. Assim ela ficará tranquila", explica a psicoterapeuta Laila Pincelli, do Vida Psicologia, de São Paulo.
Adapte a criança aos poucos, explique que vai sair, mas volta. Deixe claro que você precisa trabalhar e que retornará mais tarde. "É importante que a criança tenha na cabeça que a mãe vai e volta, que é normal. Assim ela ficará tranquila", explica a psicoterapeuta Laila Pincelli, do Vida Psicologia, de São Paulo.
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3. O que a mãe deve fazer se a criança ficar chorando quando ela sai?
"A criança tem reações assim quando está insegura com a saída da mãe. É normal, mas a mãe deve conversar com calma, explicar que está saindo e que irá voltar", ensina Laila Pincelli, psicoterapeuta. É sempre muito difícil, especialmente para a mãe, se separar de seu filho depois do convívio intenso dos primeiros meses. "O choro da criança é a sua forma mais comum de expressar desconforto. Mas sabemos que também existem muitos outros significados que precisam ser compreendidos tanto pela mãe como pelo cuidador", completa a psicóloga Ely Harasawa.
"A criança tem reações assim quando está insegura com a saída da mãe. É normal, mas a mãe deve conversar com calma, explicar que está saindo e que irá voltar", ensina Laila Pincelli, psicoterapeuta. É sempre muito difícil, especialmente para a mãe, se separar de seu filho depois do convívio intenso dos primeiros meses. "O choro da criança é a sua forma mais comum de expressar desconforto. Mas sabemos que também existem muitos outros significados que precisam ser compreendidos tanto pela mãe como pelo cuidador", completa a psicóloga Ely Harasawa.
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4. O bebê pode ter problemas para comer ou dormir nos primeiros dias longe da mãe?
"Todo mundo que passa por uma mudança em sua rotina precisa de um tempo para se adaptar à nova situação. Isso acontece com as pessoas em qualquer fase da vida e com os bebês não é diferente. O pequeno pode não ter a capacidade racional de compreensão do que está acontecendo, mas sente a mudança e pode expressar esse estranhamento nas atividades de sua rotina, inclusive apresentando problemas para dormir ou comer", explica Ely Harasawa, psicóloga da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, de São Paulo. A psicoterapeuta Laila Pincelli salienta que isso não é o comum, mas acontece em alguns casos. "Esse tipo de reação se dá quando o vínculo ainda está forte demais. Se a mãe nunca deixou a criança com ninguém antes, lógico que ela vai sofrer, vai estranhar. É importante separar aos poucos para que ela entenda que a mãe sai e volta." É preciso dar um tempo para que todos se adaptem à mudança. "Se os problemas persistirem e começarem a prejudicar a saúde do bebê, é hora de pedir ajuda a um especialista", alerta Ely.
"Todo mundo que passa por uma mudança em sua rotina precisa de um tempo para se adaptar à nova situação. Isso acontece com as pessoas em qualquer fase da vida e com os bebês não é diferente. O pequeno pode não ter a capacidade racional de compreensão do que está acontecendo, mas sente a mudança e pode expressar esse estranhamento nas atividades de sua rotina, inclusive apresentando problemas para dormir ou comer", explica Ely Harasawa, psicóloga da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, de São Paulo. A psicoterapeuta Laila Pincelli salienta que isso não é o comum, mas acontece em alguns casos. "Esse tipo de reação se dá quando o vínculo ainda está forte demais. Se a mãe nunca deixou a criança com ninguém antes, lógico que ela vai sofrer, vai estranhar. É importante separar aos poucos para que ela entenda que a mãe sai e volta." É preciso dar um tempo para que todos se adaptem à mudança. "Se os problemas persistirem e começarem a prejudicar a saúde do bebê, é hora de pedir ajuda a um especialista", alerta Ely.
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5. Existe uma maneira certa de se despedir da criança?
"A mãe não deve sair escondida, de fininho. Deve sempre deixar claro para a criança que vai trabalhar. Também é importante a mãe não estar chorosa porque isso transmite coisas ruins ao pequeno. Ela deve ter uma postura segura, clara e objetiva, dizer, por exemplo: "A mamãe vai sair e você vai ficar bem, quando eu voltar vamos brincar". Isso gera a relação de confiança", conta a psicoterapeuta Laila Pincelli, do Vida Psicologia, de São Paulo. Essa mensagem deve ser passada ao bebê com segurança e tranquilidade, pois assim ele ficará sossegado. "Uma coisa é certa: sair escondido só deixa a criança insegura e mais desconfiada. É melhor adotar sempre o mesmo comportamento para que o bebê se acostume e se sinta seguro", completa a psicóloga Ely Harasawa.
"A mãe não deve sair escondida, de fininho. Deve sempre deixar claro para a criança que vai trabalhar. Também é importante a mãe não estar chorosa porque isso transmite coisas ruins ao pequeno. Ela deve ter uma postura segura, clara e objetiva, dizer, por exemplo: "A mamãe vai sair e você vai ficar bem, quando eu voltar vamos brincar". Isso gera a relação de confiança", conta a psicoterapeuta Laila Pincelli, do Vida Psicologia, de São Paulo. Essa mensagem deve ser passada ao bebê com segurança e tranquilidade, pois assim ele ficará sossegado. "Uma coisa é certa: sair escondido só deixa a criança insegura e mais desconfiada. É melhor adotar sempre o mesmo comportamento para que o bebê se acostume e se sinta seguro", completa a psicóloga Ely Harasawa.
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