Pai, essa figura essencial
Por André Santoro

Essa distinção de papéis exige alguns cuidados. Em primeiro lugar, é preciso garantir, sempre que possível, que o pai e a mãe participem ativamente do cuidado com os filhos, mas cada um no seu espaço, pois a criança precisa vê-los como duas pessoas diferentes. Do lado do pai, o afeto e a presença constantes garantem uma evolução cultural saudável. "Um filho acompanhado corretamente pelo pai tem muito mais chances de ir bem na escola, por exemplo, do que aquele cujo pai é ausente", afirma Aguinaldo Gomes.
E quando o pai ou a mãe, por algum motivo – falecimento, separação, viagens constantes – não podem participar do crescimento da criança? Não é preciso lamentar nem esperar sentado por uma tragédia no desenvolvimento dos filhos. A partir desses desafios, muitos pais assumem o papel das mães e vice-versa. Em sua pesquisa de doutorado, a psicóloga Maria Luiza Mello de Carvalho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, acompanhou a rotina de 16 pais que cuidam sozinhos de seus filhos. E chegou à conclusão de que eles podem, sim, assumir os dois papéis sem grandes traumas. "Quando não há a figura da mãe, ou quando ela é ausente, os pais cuidam. E cuidam muito bem", diz a pesquisadora. Basta ter coragem. E vontade de fazer direito.
Fonte:bebe.com.br
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