Mel pode fazer mal à bebês

A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), alerta sobre os riscos da utilização de mel na alimentação de bebês. A recomendação é que crianças com menos de um ano não consumam mel para previnir a ingestão do bacilo responsável pelo botulismo intestinal.

Trata-se de uma doença que acomete o lactente e tem como principais sintomas prisão de ventre e irritabilidade, seguidos de sintomas neurológicos (dificuldade de controle de movimentos da cabeça, dificuldade de deglutição, choro fraco e hipoatividade). Ocorre com maior freqüência em bebês entre 3 e 26 semanas. É considerada uma doença de notificação compulsória. A suspeita de casos exige notificação à vigilância epidemiológica local e investigação imediata.
Acredita-se que os casos de botulismo em lactentes é maior do que o revelado, pois cerca de 4,5% a 15% das vítimas da "Síndrome da Morte Súbita do Bebe" ou "Morte do Berço" foram posteriormente confirmados como botulismo infantil.
Uma investigação realizada por pesquisadores da UNESP, publicada este ano, analisou cem amostras de mel colhidas em 2002 e 2003, em mercados, feiras livres e camelôs, em seis estados - Ceará, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Santa Catarina e São Paulo.
A diretora colegiada da ANVISA, Maria Cecília Martins Brito, afirma que não há motivo para pânico, pois a recomendação é de caráter preventivo. A recomendação é para que mães que fazem o uso de mel fiquem atentas aos sintomas, pois apesar de poder levar aà morte o botulismo tem tratamento se diagnosticado a tempo.

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