Tire o ciúme de letra

Por Paula Desgualdo
Um belo dia, a criança acorda e, como de costume, caminha pela casa arrastando a barra da calça do pijama de flanela. Vai até o quarto dos pais e – surpresa! – nota que a cama está vazia. Depois de checar outros cômodos, ela finalmente os encontra. Onde? No quarto do irmão recém-nascido. Ultimamente, tem sido assim: o ambiente está mais movimentado, ela passa menos tempo ao lado dos pais e as visitas só querem saber do bebê. É de esperar que tome uma atitude para retomar o posto roubado. E as estratégias podem ser as mais diversas, de acordo com sua idade, sua personalidade e até com as reações que costuma notar dos pais.
Segundo a psicóloga gaúcha Caroline Rossato Pereira, que estuda o impacto do nascimento do segundo filho na dinâmica familiar e no desenvolvimento emocional do primogênito, crianças em idade pré-escolar (entre 3 e 6 anos) são as que mais apresentam dificuldades quando enfrentam tal situação. “Elas se manifestam verbalmente e ainda não estão preparadas para compreender e tolerar as novidades”, diz. Isso não significa que os filhos de outras idades encarem tranqüilamente a mudança. Apesar de aceitarem melhor as transformações, os mais velhos não sabem como administrá-las. Já os pequeninos, menores de 3 anos, precisam de ajuda para dar nome a esse estranho sentimento de abandono engasgado no peito.
Fonte:bebe.com.br
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